Wednesday, June 22, 2011

Entrevista do meu amigo, Dr. Paulo Evangelista sobre Hipnose

Entrevista esclarecedora do Dr. Paulo Evangelista, de Porto Alegre, sobre a utilização clínica da hipnose.

Recomendo uma visita ao site do colega, que tem um sério trabalho na área: http://www.pauloevangelista.com.br

Friday, June 17, 2011

Como acontece a Hipnose Ericksoniana?

Um dia desses uma amiga me disse algo assim: "Rodrigo, mesmo sabendo dos resultados positivos ainda não consigo compreender como funciona a hipnose ericksoniana. Você lê algum texto para o paciente? Você faz algumas afirmações a respeito do que a pessoa está querendo tratar?". Achei que seria interessante escrever um artigo a respeito disso para as pessoas que não conhecem a técnica terem uma idéia melhor de como ela acontece na prática.


A idéia que geralmente as pessoas têm de hipnose é a de que o hipnoterapeuta irá colocar a pessoa em transe e em seguida dar as instruções relacionadas à terapia desejada. Esta imagem está muito relacionada à hipnose clássica que trabalha sempre com um processo que envolve uma indução formal de transe (um estado em que o paciente fica de olhos fechados e focado em processos internos) seguida de uma fase terapêutica, onde são transmitidas algumas "instruções" de como o paciente irá se comportar dali em diante. Nesta abordagem, tanto o processo de indução como o terapêutico são normalmente muito direcionados. O hipnoterapeuta diz ao paciente o que ele está experimentando ("suas pálpebras estão ficando pesadas") e como ele deverá se comportar ("você não terá mais vontade de fumar"). É comum os hipnoterapeutas clássicos se utilizarem de roteiros escritos com o que será dito tanto na fase de indução como na fase terapêutica.

Na hipnose ericksoniana nem sempre se faz uma indução formal de transe. Em algumas situações o processo terapêutico acontece durante uma conversa, aparentemente normal. Isso porque Milton Erickson percebeu que o estado de transe faz parte do repertório natural das pessoas, isto é, as pessoas entram e saem de transes a todo o momento. Portanto, o processo terapêutico da hipnose pode acontecer durante uma conversa em que, por meio de associações de idéias e sugestões utilizadas pelo hipnoterapeuta, o paciente pode ter acesso a recursos internos que serão utilizados para lidar com o problema em questão.

Mesmo quando se faz uma indução formal de transe, é menos comum na hipnoterapia ericksoniana dizer ao paciente o que ele vai sentir, ou como deverá se comportar, ou seja ela não é direcionada pelo terapeuta como a hipnose clássica. Trabalha-se com possibilidades: "talvez você sinta que as suas pálpebras estão ficando diferentes", "e você poderá perceber algumas mudanças no seu pensamento", etc. Além disso, na hipnose ericksoniana não se faz uso de roteiros pré-escritos. Cada indução é individualmente elaborada de acordo com o paciente e com o que está acontecendo naquele momento. O hipnoterapeuta acompanha o que o paciente está experimentando e conduz o processo de maneira a adequar o que é dito com o que está acontecendo, utilizando na indução o que acontece durante o processo.

Milton Erickson raramente abordava o problema do paciente de uma forma direta. Segundo ele, isso evita o surgimento de resistências à terapia. Era muito comum ele contar uma história, uma piada, ou falar de um assunto que parecia que não tinha nada a ver com o que o paciente queria resolver e, com o passar dos dias, o paciente percebia que o problema estava resolvido.

Portanto, a hipnoterapia ericksoniana acontece por meio de conversas entre o paciente e o terapeuta. Nessas conversas estão envolvidas formas muito especiais de comunicação que despertam processos internos de mobilização de recursos no sentido de buscar a solução do problema apresentado. Esta comunicação pode envolver a indução de um transe formal, em que o paciente reduz sua percepção periférica e fica mais focado internamente, enquanto o hipnoterapeuta faz as sugestões que considera mais adequadas para alcançar o objetivo desejado. Essas sugestões, no caso da hipnose ericksoniana, são geralmente indiretas, na forma de metáforas, histórias, analogias, etc. e auxiliam o acesso a recursos e processos inconscientes que serão utilizados para alcançar o objetivo da terapia.

É isso! Se você ainda tem dúvidas, faça uma pergunta nos comentários do blog ou por meio do contato do site...terei prazer em responder!

(a foto neste artigo mostra o Dr. Milton Erickson durante uma sessão)

Sunday, June 12, 2011

Hipnoterapia, Hipnose e Regressão

Algumas pessoas confundem hipnose com hipnoterapia e considero muito importante que seja feita uma distinção clara entre as duas coisas.

A hipnose pode ser considerada um estado especial de consciência ligado a um profundo relaxamento, foco concentrado e sugestibilidade aumentada. Portanto a hipnose em si não é terapia. Há uma grande diferença entre o ato de hipnotizar alguém (hipnose) e as mudanças que podem acontecer com a ajuda de um hipnoterapeuta qualificado (hipnoterapia).



A hipnose, segundo o Dr. Milton H. Erickson, é um tipo de comportamento especial, mas normal, que acontece quando a atenção e os processos do pensamento são dirigidos para as aprendizagens experienciais adquiridas durante a vida do indivíduo. Neste estado especial de consciência chamado hipnose vários comportamentos do dia-a-dia podem se manifestar, em diferentes graus, mas sempre dentro dos limites normais. Segundo Erickson “na hipnose não se adquire super poderes nem tampouco novas habilidades, o que acontece é um melhor aproveitamento das habilidades que a pessoa já possuía, ainda que essas habilidades não fossem previamente reconhecidas”.

O trabalho hipnótico facilita a descoberta de novas opções na vida e a quebra de padrões de sentimentos e comportamento indesejáveis.

Quando se usa a hipnose para tratar um problema físico ou psicológico, chamamos o processo de hipnose clínica ou de hipnoterapia.

É importante também diferenciar:
Hipnotizador: pessoa sem formação na área de saúde ou que hipnotiza para fins de entretenimento
Hipnoterapeuta: pessoa com formação na área de saúde e que utiliza a hipnose com fins terapêuticos. (Algumas pessoas preferem usar o termo Hipnólogo)

Outra confusão muito comum é pensar que Hipnoterapia é o mesmo que Terapia de Vidas Passadas ou Regressão.

A hipnose é um instrumento terapêutico que resulta em um estado de atenção altamente focada, com redução da consciência periférica e uma capacidade aumentada de resposta às pistas sociais. O procedimento de hipnose consiste em uma indução, que coloca o paciente no estado de transe, e, em seguida sugestões são feitas ao paciente para ajudar a alcançar os objetivos da sessão.

De maneira simplista, a hipnose pode ser considerada um estado ou condição que ocorre quando sugestões apropriadas provocam distorções na percepção, memória e/ou humor. Entre as distorções de percepção possíveis, numa sessão de hipnoterapia, o paciente pode vivenciar a sensação de regressão do tempo mas esta sensação pode acontecer por meio da imaginação criativa, o que significa que nem todas as experiências regressivas vividas durante um transe hipnótico são provindos exclusivamente daquilo que foi vivido pelo paciente. Ou seja, hipnose não é regressão e, embora processos regressivos possam ser usados como instrumento durante a hipnoterapia, eles não são considerados necessariamente como regressões reais provindas da memória do paciente.

A hipnose pode ser utilizada:
Na Psicologia: tabagismo, emagrecimento, fobias, depressão, ansiedade, problemas sexuais, alcoolismo, problemas de fala, dores crônicas, auto-estima e fortalecimento do ego e melhoras na concentração ou memória.
Na Medicina: psiquiatria, anestesia e cirurgia, doenças psicossomáticas, ginecologia e obstetrícia (parto), controle de sangramento, tratamento de queimaduras, dermatologia, pediatria (xixi na cama, pesadelos, timidez e inadaptação), controle da dor, controle de vícios.
Na Odontologia: medo de ir ao dentista, controle da dor e desconforto, bruxismo, controle de sangramento, controle da salivação excessiva.

Saturday, June 4, 2011

Hipnose para ansiedade e depressão

Trecho da entrevista com o Dr. Brent Geary em que ele fala do uso da Hipnose para Transtornos de Ansiedade e Depressão.





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